sexta-feira, 22 de maio de 2015

Matéria Reunião dia 28/05/2015 - O domínio de nossa mente

8.7 O domínio de nossa mente
Edição 2275 - Publicado em 16/Maio/2015 - Página B2
“O que importa é o coração”
Continuação da edição 2.274

INTRODUÇÃO 
O presidente Ikeda salienta que, para efetuarmos uma transformação grandiosa em nossa vida, é importante não sermos governados pela fraca natureza de nossa mente, que muda constantemente, mas apoderar-se dela, buscando um mestre que atue como uma segura bússola espiritual.
Discurso do presidente Ikeda
adaptado do livro Explanação Sobre Atingir o Estado de Buda nesta Existência, publicado em português em julho de 2012.
“O que importa é o coração” (WND, v. I, p. 1000). O coração, a mente, é realmente prodigioso e ilimitado. Além disso, podemos aprofundá-lo infinitamente.
A mente pode gerar um estado de vida de imensa alegria, como se estivéssemos voando livremente, sem esforço algum, pelo vasto céu azul. Pode emanar uma compaixão comparável à luz do sol claro e radiante, que a tudo ilumina, e abraçar calorosamente aqueles que estão sofrendo. Pode tremer de raiva justificada, subjugando o mal e a injustiça com a coragem e ferocidade de um leão. A mente muda constantemente, como um enredo que sempre apresenta novas surpresas ou um cenário que sempre se inova.
O que há de mais maravilhoso no que diz respeito à mente é o fato de ela manifestar o estado de buda. Mesmo as pessoas acossadas pela mais intensa ilusão e sofrimento podem ativar, nas profundezas de sua vida, o estado de buda, que é uno com o universo. Essa importante epopeia de transformações constitui, efetivamente, o maior de todos os prodígios.
O budismo reconhece a suprema nobreza e o potencial para uma extraordinária transformação inerentes à vida de todas as pessoas. Com base nesse fato, Nichiren Daishonin ensinou que, aprimorando totalmente sua vida por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo, qualquer um — por mais que esteja mergulhado na ignorância ou ilusão - pode revelar seu estado de buda e transformar numa terra pura até mesmo o local mais maléfico e maculado.
Myoho-renge-kyo é a “verdade mística inerente nos seres vivos” (CEND, v. I, p. 3).
E é por isso que, por meio da recitação do Nam-myoho-renge-kyo, podemos lustrar o espelho embaçado da “mente que se encontra encoberta pela ilusão da escuridão inata da vida” tornando-o “um espelho límpido, que refletirá a natureza essencial dos fenômenos e da realidade (Ibidem, p. 4), e, desse modo, revelar nossa natureza de buda interior. Em outras palavras, podemos manifestar a “verdade mística inerente” (Ibidem, p. 3) e acessar o potencial infinito que reside dentro de nós.
Myoho-renge-kyo é a Lei inerente à nossa vida. A transformação interna de momento a momento que efetuamos mediante a recitação do Nam-myoho-renge-kyo acarreta não somente uma mudança fundamental em nossa mentalidade, mas no nosso modo de vida como um todo, colocando-nos no rumo da consecução do estado de buda nesta existência. Além disso, gera uma onda de grande transformação de toda a humanidade chamada kosen-rufu. Myoho-renge-kyo é o pulsar dinâmico da mudança em todas as esferas.
O fato de o Myoho-renge-kyo ser a Lei inerente à nossa vida suscita outra questão a ser considerada: ou seja, a relação entre a mente da ilusão — uma mente encoberta pela escuridão inata - e a mente da iluminação, ou “myo” — uma mente iluminada pela natureza essencial dos fenômenos e pelo verdadeiro aspecto da realidade.
Se simplesmente seguirmos nossa mente não iluminada, facilmente influenciável, nosso potencial definhará rapidamente. Ou pior, podemos ceder a impulsos negativos e destrutivos. Essa é a natureza sutil dos trabalhos da mente.
Como nossa mente é a chave para atingirmos o estado de buda nesta existência, precisamos vencer nossas próprias fraquezas internas e é justamente nessa circunstância que atua nossa prática budista.
A mente iludida das pessoas comuns está sempre vacilando. Não devemos tomar essa mente, que muda e se altera constantemente, como base ou guia. É esse o significado da famosa passagem do sutra: “Devemos ser mestres de nossa mente em vez de permitir que ela nos domine” (CEND, v. I, p. 525).
Daishonin cita esse trecho referente a se tornar mestre da mente em várias partes de suas escrituras, fornecendo uma importante diretriz para seus seguidores. Tornar-se mestre da própria mente significa possuir uma sólida bússola na vida e o luminoso farol da fé.
Não devemos nos deixar dominar pela nossa mente não iluminada que muda conforme as circunstâncias. Necessitamos de um mestre para ajudar a guiá-la na direção certa. Nesse sentido, os verdadeiros mestres da mente são a Lei budista e os ensinamentos do buda. Shakyamuni jurou fazer da Lei à qual havia se iluminado o mestre ou guia de sua mente, e orgulhava-se de viver de modo fiel a esse juramento. Esse é o significado de viver “confiando na Lei”, salientado por Shakyamuni em sua derradeira injunção a seus discípulos antes de morrer.
Permitir que a nossa mente nos domine consiste em adotar a nós próprios e nossos impulsos egoístas como alicerce. No fim, nossa mente instável nos atirará de um lado para outro, sucumbiremos ao egoísmo e mergulharemos nas profundezas da escuridão ou ignorância.
De maneira inversa, dominar a nossa mente indica adotar a Lei como nossa base.
Um mestre no budismo é alguém que conduz e conecta as pessoas à Lei, ensinando-lhes que a Lei com a qual elas devem contar existe dentro da própria vida. Os discípulos, por sua vez, buscam o mestre que incorpora e é uno com a Lei. Mirando-se no mestre como modelo, eles se empenham na prática budista. Dessa forma, abraçam um modo de vida que os habilita a dominar a mente.
Para se atingir o estado de buda nesta existência, é indispensável que haja um mestre — aquele que incorpora e vive de acordo com a Lei e ensina às pessoas sobre o vasto potencial interior que elas possuem.
Sou o que sou hoje por causa de meu mestre, o segundo presidente da Soka Gakkai, Josei Toda, que praticou conforme os ensinamentos do Buda e dedicou a vida à ampla propagação do Budismo de Nichiren Daishonin na época atual. O Sr. Toda está sempre comigo, como meu mestre espiritual. Ainda continuo mantendo um diálogo com ele em meu coração a todo instante. Esse é o espírito de unicidade de mestre e discípulo.
Aqueles que sempre mantêm firmemente seu mestre espiritual como um modelo e bússola e se esforçam conforme esse mestre ensina são os que vivem com base na Lei. O Budismo de Nichiren Daishonin é um ensinamento fundamentado na unicidade de mestre e discípulo.
8.8 Quando mudamos a nossa vida, o mundo à nossa volta se transforma
Edição 2275 - Publicado em 16/Maio/2015 - Página B2
“O que importa é o coração”
INTRODUÇÃO 
O presidente Ikeda explana o princípio budista da transformação, por meio do qual podemos alcançar amplo estado de vida e, desse modo, fazer brilhar o nosso ser, as pessoas que nos cercam e o local onde vivemos.
Discurso do presidente Ikeda
Adaptado da Preleção sobre os capítulos “Meios” e “Duração da Vida” do Sutra do Lótus,
v. 3, publicado em japonês
em junho de 1996.
Nichiren Daishonin afirma:
Espíritos famintos veem o Rio Ganges como fogo, os seres humanos o veem como água, e os seres celestiais, como amrita. Embora a água seja a mesma, ela se manifesta de forma distinta dependendo do efeito cármico originado no passado. (CEND, v. I, p. 508)
A maneira como percebemos os fatos difere de acordo com o nosso estado de vida. Quando nosso estado de vida muda, o nosso ambiente também muda. Essa é a essência da doutrina dos “três mil mundos num único momento da vida” exposta pelo Sutra do Lótus.
Aludindo às infindáveis perseguições que vivenciara ao longo de sua vida, Daishonin afirma:
Dia após dia, mês após mês, ano após ano, tenho sofrido perseguições. As adversidades e os obstáculos menores têm sido tantos que é impossível contá-los, mas as grandes perseguições se resumem em quatro. (CEND, v. I, p. 250)
Mesmo durante o exílio na Ilha de Sado, a mais severa das perseguições que sofrera, ele declara: “Sinto imensa alegria mesmo estando exilado” (Ibidem, p. 405). Daishonin observa serenamente a situação a partir de sua elevada condição de vida, tão vasta e ilimitada quanto o universo.
Tsunesaburo Makiguchi, presidente fundador da Soka Gakkai, suportou o cárcere durante a época da guerra, por defender suas crenças, com um estado de espírito semelhante, escrevendo numa carta redigida na prisão: “O que estou passando agora não é nada comparado aos sofrimentos de Daishonin em Sado”; e “Dependendo do estado mental, mesmo o inferno pode ser agradável”. Esta última sentença foi censurada e apagada pelo promotor.
Estabelecer um estado de vida tão altaneiro é o propósito máximo da humanidade.
Uma única flor pode modificar completamente uma atmosfera sombria. O importante, portanto, é ter a disposição, a determinação, de aprimorar o seu ambiente, de mudá-lo para melhor, mesmo que apenas um pouco. Como praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin que se empenham sinceramente na fé, não podemos deixar de transformar a nossa vida de modo retumbante. Desfrutaremos infalivelmente de felicidade e prosperidade. Esse é um princípio imutável do budismo.
Nossa atitude muda tudo. Esse é um dos grandes prodígios da vida e, ao mesmo tempo, uma realidade incontestável.
Há um provérbio que diz: “Não te queixes porque a roseira tem espinhos; alegra-te porque o espinheiro tem rosas”. Nossa percepção se altera dependendo de nossa perspectiva, tornando-se clara, bela e ampla.
Nichiren Daishonin refere-se às “ações maravilhosas da mente única” (OTT, p. 30). A mente concentrada da fé no Gohonzon possui poder e funções que são realmente imensos e extraordinários. Quando o motor fundamental de nossa “mente única” — nossa postura interior, ou determinação — começa a funcionar, e as engrenagens de todos os fenômenos dos três mil mundos são colocados em movimento, tudo começa a mudar. Movemos tudo para uma direção radiante e positiva.
Quando envoltos pela grandiosa condição de vida do estado de buda, nós próprios, as pessoas que nos cercam e o lugar onde vivemos, irradiamos a luz da felicidade e da esperança. Esse é o poder do Nam-myoho-renge-kyo dos “três mil mundos num único momento da vida”. Assim opera o princípio budista da transformação dinâmica.
8.9 Devotando-nos à nossa missão
Edição 2275 - Publicado em 16/Maio/2015 - Página B3

INTRODUÇÃO 
O presidente Ikeda salienta que nos devotarmos à nossa missão onde nos encontramos neste exato momento constitui o caminho para incorporarmos pessoalmente o ensinamento de Daishonin de que “O que importa é o coração” (WND, v. I, p. 1000).
Discurso do presidente Ikeda
proferido numa reunião comemorativa de líderes
alusiva ao Dia da Fundação da Soka Gakkai, Tóquio, 12 de novembro de 1989.
Na vida, nem tudo ocorre como esperamos desde o início. Há muitos casos nos quais, por várias razões, passamos longos períodos de nossa vida em lugares que preferiríamos não estar. Como lidar com isso? Como viver uma vida realizada e vitoriosa, de uma maneira condizente àquilo que pensamos, diante de tais situações? Eis o desafio.
Com demasiada frequência, as pessoas reagem a esse tipo de circunstância, lastimando-se de seu infortúnio, ressentindo-se do ambiente e das pessoas que se encontram nele, até o fim de seus dias. Há um número incontável de pessoas assim no mundo. Também existem as que são levadas a buscar o sucesso e honra mundanos e o elogio e a admiração dos outros. Enquanto estes forem o único propósito de sua vida, estarão fadadas a sofrer de insatisfação e ansiedade infindáveis.
Desejos não têm limites; e enquanto o egoísmo predominar, será impossível satisfazê-los. Nem todos numa empresa podem ser presidentes.
Sem dúvida, é natural empreender esforços para mudar e melhorar nosso ambiente e circunstâncias. Mas é ainda mais essencial protegermos resolutamente o lugar onde estamos agora, nossa “fortaleza”, ou nossa casa, por assim dizer. Devemos nos dedicar à nossa missão e, nessa qualidade, criar um sólido histórico de conquistas de um modo exclusivamente nosso.
Algumas pessoas nunca estão sob holofotes nem se encontram em posição de receber louvores e reconhecimento dos outros. Mas “o que importa é o coração” (WND, v. I, p. 1000). A grandiosidade de um ser humano não é determinada pelo status social. Nossa felicidade não é definida pelo ambiente. Em nosso coração, em nossa vida, existe um imenso universo. Praticamos o Budismo de Nichiren Daishonin para abrir as portas desse ilimitado reino interior.
Se desobstruirmos esse magnificente domínio espiritual, seremos vencedores, não obstante onde possamos estar. Sentiremos incessantemente o maravilhoso sabor de uma existência verdadeiramente profunda.
Muitos perseguem o sucesso e prestígio aos olhos do mundo, mas poucos aspiram a se tornar seres humanos realmente grandiosos.
Outros querem que os cubram de elogios e atenção, mas poucos se esforçam para construir uma felicidade interior que permaneça intacta até o instante da morte e se estenda pelas três existências — passada, presente e futura.
Nossa grandeza e nossa felicidade como seres humanos são determinadas pela força de nossa energia vital e da fé e prática budista dedicada ao kosen-rufu.
Estamos nos empenhando dia após dia em prol do kosen-rufu, um ideal sem precedentes na história da humanidade. Requer perseverança e esforços extraordinários. Em virtude disso, porém, com absoluta certeza construiremos uma vida verdadeiramente realizada.
A maneira como os outros nos veem não tem importância. Sucessos passageiros também não interessam. O que conta no fim de nossa vida é um sorriso de felicidade iluminar o nosso rosto. É podermos olhar para trás e dizer “Minha vida foi vitoriosa. Foi agradável. Não tenho do que me lamentar”. Então, seremos vitoriosos.
Vocês, meus amigos da Divisão dos Jovens, em especial, talvez possam estar enfrentando agora situações extremamente árduas e desafiadoras. Pode parecer que honrarias impressionantes estejam além de seu alcance. Tudo bem. Simplesmente continuem a se esforçar dando o máximo de si para concretizar seus ideais, no local de sua missão pessoal. É assim que se constrói uma “fortaleza” indestrutível de vitórias eternas dentro do coração.

8.10 Tudo é estímulo para a revolução humana

Edição 2275 - Publicado em 16/Maio/2015 - Página B3

“O que importa é o coração”

INTRODUÇÃO 
O presidente Ikeda nos encoraja carinhosamente afirmando que, quando nos esforçamos na prática budista em prol do kosen-rufu, tudo — até a doença e outros desafios pessoais — pode servir como um “vento de cauda” para assegurar uma vida de felicidade eterna.
Discurso do presidente Ikeda
extraído de uma mensagem enviada para a Convenção da Província de Iwate em 16 de setembro de 1996.
No Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, Nichiren Daishonin descreve as funções da vida como algo “estrito [sem uma única exceção]”, acrescentando que os três mil mundos, cada um deles, existe em nossa vida (OTT, p. 22). 
Nenhum de nós pode escapar da rigorosa lei de causa e efeito que opera em nossa vida. Isso é fato. 
O registro cumulativo de nossos atos, palavras e pensamentos nesta existência — as três categorias de ação — determina o curso de nossa vida pelas três existências: passada, presente e futura.
Por isso, Nichiren Daishonin ensina que todos os nossos esforços em prol do kosen-rufu — recitar daimoku, falar aos outros sobre o budismo e empreender ações pela felicidade de outras pessoas — produzem boas causas e benefícios em nossa vida. Consequentemente, não há necessidade de se preocupar com o quadro aparente dos acontecimentos no curto prazo.
Se estiver doente, faça de conta que está participando de um treinamento para escalar a imponente montanha do estado de buda. Imagine-se transpondo uma ladeira seguida de outra, de modo que, no fim, possa ficar de pé no topo e apreciar infinitamente a vista majestosa. Ou faça de conta que está atravessando a nado mares revoltos rumo à distante e cintilante ilha da esperança e felicidade eterna.
Viva com o espírito de que tudo o que fizer estará registrando brilhantes realizações em seu maravilhoso histórico de vitórias eternas.
Se praticar o Budismo de Nichiren Daishonin, nada em sua vida será em vão. Viva sem hesitação, medo ou arrependimentos.
Jamais se esqueça de que tudo é um vento de cauda que o impulsionará para a felicidade eterna.
Todos os brotos de arroz amadurecem no ano em que são plantados, embora alguns amadureçam mais cedo, outros, mais tarde. Da mesma forma, assegura-nos Daishonin, todas as pessoas, contanto que perseverem em sua fé e prática budista, atingirão a nobre condição do estado de buda nesta existência (WND, v. II, p. 88).
8.11 Cultivar um estado de vida elevado imbuído das “quatro virtudes”
Edição 2275 - Publicado em 16/Maio/2015 - Página B4
“O que importa é o coração”

INTRODUÇÃO 
Aqueles que fundamentam a vida na Lei Mística conseguem alcançar um estado de vida inabalável, imbuído das “quatro virtudes” ou nobres qualidades da vida do buda —eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza —, observa o presidente Ikeda, salientando a importância de se desenvolver uma fé solidamente enraizada, para que seja capaz de suportar quaisquer tempestades cármicas ou adversidades.
Discurso do presidente Ikeda proferido na Convenção da SGI-Europa no Centro Cultural de Taplow Court, Reino Unido, em 28 de maio de 1989.
No Registro dos Ensinamentos Transmitidos Oralmente, Nichiren Daishonin afirma: “Quando, nesses quatro estados de nascimento, envelhecimento, doença e morte, recitamos Nam-myoho-renge-kyo, fazemos com que exalem a fragrância das quatro virtudes” (OTT, p. 90).
As “quatro virtudes”, ou quatro nobres qualidades da vida do buda — eternidade, felicidade, verdadeiro eu e pureza — referem-se ao estado mais elevado que podemos alcançar como seres humanos, uma condição de liberdade e felicidade irrestritas.
“Verdadeiro eu” representa um estado de liberdade tão vasto quanto o universo, no qual podemos usufruir nosso eu verdadeiro ou maior.
“Eternidade” indica o dinamismo da vida, que se renova incessantemente, a evolução criativa da vida, que rompe qualquer estagnação.
“Pureza” designa a ação de purificar o egoísmo mesquinho do nosso eu menor, por meio da poderosa energia vital do nosso eu maior.
E “felicidade” consiste na alegria da vida, pulsando dinami­camente de momento a momento; também corresponde a possuir um caráter plenamente primoroso, que transmite alegria a todos ao redor. Desse modo, o caráter de uma pessoa, quando iluminado pela Lei Mística, se assentará firmemente no “eu maior”, um estado de ilimitada liberdade, que permeia todo o universo, transformando qualitativamente até mesmo a energia dos desejos mundanos focados no egocêntrico “eu menor”. Em outras palavras, a energia dos desejos mundanos pode ser sublimada e convertida em extraordinária sabedoria e compaixão; pode ser redirecionada a um nível mais elevado, que transcende o individual e beneficia outras pessoas, a comunidade e a sociedade como um todo.
Esse é o princípio budista que elucida que “desejos mundanos são iluminação”, abrindo amplo e radiante caminho, por meio do qual podemos nos empenhar pelo nosso próprio aperfeiçoamento concomitantemente ao de outras pessoas, enquanto trabalhamos ativamente para construir uma sociedade ideal.
Quais os ingredientes da felicidade? Eis uma das questões fundamentais da vida.
O fator determinantemente crucial para a felicidade é o nosso estado de vida interior.
Aqueles que possuem uma condição existencial interior ampla são felizes. Eles vivem seus dias com um espírito aberto e confiante.
As pessoas com um estado de vida sólido são felizes. Não são vencidas pelo sofrimento e conseguem apreciar tranquilamente a vida, conforme ela vai se desenrolando.
Aquelas possuidoras de um estado de vida profundo são felizes. Glorificando o arraigado significado da vida, conseguem produzir um histórico de valor significativo e duradouro.
As pessoas dotadas de um estado de vida puro são felizes. Elas estão sempre espalhando revigorante alegria aos que estão à sua volta.
Existe um número incontável de indivíduos agraciados pela riqueza, posição social e outros benefícios materiais, mas que são infelizes. E essas circunstâncias externas são mutáveis e inconstantes; ninguém sabe quanto tempo elas vão durar.
Quando, porém, estabelecemos um estado interior inabalável de felicidade, ninguém consegue destruí-lo. Nada pode violá-lo. Edificar esse grandioso estado de vida é o propósito da prática budista. O importante é jamais se afastar do Gohonzon, nunca parar de progredir na fé.
No curso da vida, você está fadado a enfrentar todos os tipos de adversidades. Algumas vezes, poderá se ver sem alternativas. É por essa razão que precisa fortalecer sua fé e recitar daimoku com seriedade. Por mais difícil que possa ser, quando galgar a escarpada montanha do seu carma, um novo horizonte se abrirá amplamente diante de você. A prática budista é uma repetição desse processo. Um dia atingirá um estado de felicidade absoluta que jamais será destruído.
Desenvolva uma fé profunda e firmemente enraizada. Quando uma muda possui raízes fortes e recebe sol e água suficientes, cresce, tornando-se uma árvore alta e robusta, mesmo sendo fustigada por intempéries. O mesmo ocorre com a nossa prática budista e a nossa vida. Espero que todos vocês sejam pessoas corajosas, que propagam com alegria a grandiosa luz da felicidade por todo esse conturbado mundo, e que sua vida seja prova individual da genuína magnificência do Budismo de Nichiren Daishonin.



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