Edição
1674 - Publicado em 09/Novembro/2002 - Página A6
Sakyamuni viveu na antiga Índia há cerca de três
mil anos e desenvolveu uma profunda e eterna filosofia de vida, frequentemente
conhecida como a biblioteca de oitenta mil sutras. Assim, refutou a filosofia
do bramanismo que dominava a Índia daquela época.
Nasceu como príncipe do clã Sakya, que mantinha o domínio de um pequeno reino ao norte da Índia, próximo ao Himalaia, e seu nome de infância era Siddharta Gautama. Diz-se que sua mãe, a rainha Maya, veio a falecer uma semana após seu nascimento, e em consequência, Sakyamuni foi criado por uma tia materna. Por ser um príncipe, ele sempre desfrutou de muito conforto, possuindo vários palácios à sua disposição, além de vários criados para servi-lo. Foi educado também em diversas artes visando à sua formação como um príncipe que herdaria o trono no futuro.
Sakyamuni casou-se com a bela Yashodhara, com quem teve um filho que mais tarde tornou-se um dos seus dez principais discípulos, chamado Rahula.
Quando todos achavam que ele seguiria a vida de príncipe e herdaria o trono, Sakyamuni resolveu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. Em seu pensamento havia questões como “Os homens lutam e matam para dominar os outros com a força militar. Contudo, a conquista da glória, do poder e da supremacia será da mesma forma destruída um dia por uma outra força militar. Além disso, ninguém pode escapar dos sofrimentos da velhice, da doença e da morte. O mais importante não seria buscar uma forma de superar esses sofrimentos?” (Nova Revolução Humana, vol. 3, pág. 100.) Assim, aos dezenove anos, renunciou à vida no palácio e decidiu buscar o caminho do espírito humano, ciente de que não seria possível conquistar a felicidade enquanto os seres humanos não conseguissem solucionar essas questões básicas da vida.
Partindo em direção à capital da época, Sakyamuni resolveu procurar um mestre que pudesse guiá-lo na busca da solução das questões que trazia consigo. Nessa busca encontrou um brâmane que havia atingido um estágio chamado “lugar onde nada existe”; em pouco tempo Sakyamuni atingiu esse estágio, porém não conseguiu encontrar suas respostas. Procurou então uma segunda pessoa, um brâmane que havia atingido um estágio denominado “lugar onde não há pensamento nem ausência de pensamento”; novamente Sakyamuni atingiu esse estágio com rapidez, porém concluiu que não era esse tipo de percepção que procurava. Ele queria atingir uma percepção que libertasse as pessoas dos sofrimentos da velhice, da doença e da morte.
Sakyamuni tentou também as práticas de austeridades para purificar o corpo, atingindo um grau de mortificação que nenhum asceta ousava chegar, porém percebeu que essa prática também não o conduziria ao caminho correto.
Após praticar e conhecer várias austeridades e ensinos, decidiu que se sentaria em baixo de uma árvore de Bodhi (figueira) e meditaria até que atingisse a iluminação. A partir de então passou a travar uma intensa luta no âmago de sua vida, com seu próprio eu, seus sofrimentos, medos, desejos mundanos, ilusões etc. Assim, alcançou o domínio sobre a natureza mística da vida, por meio da qual obteve também a convicção de que poderia desenvolver ilimitadamente sua condição de vida. Todas as adversidades, obstáculos e perseguições já eram para ele como partículas de pó diante do vento.
Nasceu como príncipe do clã Sakya, que mantinha o domínio de um pequeno reino ao norte da Índia, próximo ao Himalaia, e seu nome de infância era Siddharta Gautama. Diz-se que sua mãe, a rainha Maya, veio a falecer uma semana após seu nascimento, e em consequência, Sakyamuni foi criado por uma tia materna. Por ser um príncipe, ele sempre desfrutou de muito conforto, possuindo vários palácios à sua disposição, além de vários criados para servi-lo. Foi educado também em diversas artes visando à sua formação como um príncipe que herdaria o trono no futuro.
Sakyamuni casou-se com a bela Yashodhara, com quem teve um filho que mais tarde tornou-se um dos seus dez principais discípulos, chamado Rahula.
Quando todos achavam que ele seguiria a vida de príncipe e herdaria o trono, Sakyamuni resolveu abandonar tudo e seguir a vida religiosa. Em seu pensamento havia questões como “Os homens lutam e matam para dominar os outros com a força militar. Contudo, a conquista da glória, do poder e da supremacia será da mesma forma destruída um dia por uma outra força militar. Além disso, ninguém pode escapar dos sofrimentos da velhice, da doença e da morte. O mais importante não seria buscar uma forma de superar esses sofrimentos?” (Nova Revolução Humana, vol. 3, pág. 100.) Assim, aos dezenove anos, renunciou à vida no palácio e decidiu buscar o caminho do espírito humano, ciente de que não seria possível conquistar a felicidade enquanto os seres humanos não conseguissem solucionar essas questões básicas da vida.
Partindo em direção à capital da época, Sakyamuni resolveu procurar um mestre que pudesse guiá-lo na busca da solução das questões que trazia consigo. Nessa busca encontrou um brâmane que havia atingido um estágio chamado “lugar onde nada existe”; em pouco tempo Sakyamuni atingiu esse estágio, porém não conseguiu encontrar suas respostas. Procurou então uma segunda pessoa, um brâmane que havia atingido um estágio denominado “lugar onde não há pensamento nem ausência de pensamento”; novamente Sakyamuni atingiu esse estágio com rapidez, porém concluiu que não era esse tipo de percepção que procurava. Ele queria atingir uma percepção que libertasse as pessoas dos sofrimentos da velhice, da doença e da morte.
Sakyamuni tentou também as práticas de austeridades para purificar o corpo, atingindo um grau de mortificação que nenhum asceta ousava chegar, porém percebeu que essa prática também não o conduziria ao caminho correto.
Após praticar e conhecer várias austeridades e ensinos, decidiu que se sentaria em baixo de uma árvore de Bodhi (figueira) e meditaria até que atingisse a iluminação. A partir de então passou a travar uma intensa luta no âmago de sua vida, com seu próprio eu, seus sofrimentos, medos, desejos mundanos, ilusões etc. Assim, alcançou o domínio sobre a natureza mística da vida, por meio da qual obteve também a convicção de que poderia desenvolver ilimitadamente sua condição de vida. Todas as adversidades, obstáculos e perseguições já eram para ele como partículas de pó diante do vento.
Após
atingir a iluminação sob a árvore Bodhi aos trinta anos de idade, Sakyamuni
levantou-se como um grande leão em prol da felicidade das pessoas e começou a
caminhar vividamente para propagar seus ensinos.
Preocupado em quem poderia ajudá-lo a propagar a percepção que ele havia atingido, procurou os ascetas com quem havia praticado austeridades antes de seguir seu próprio caminho para atingir a iluminação. Ao ouvirem sobre sua iluminação, eles duvidaram no início, mas logo tornaram-se seus discípulos.
Sakyamuni viveu parte de sua vida em um local chamado Parque dos Cervos, e começou a propagar seus ensinos de acordo com a compreensão das pessoas e com a ajuda dos ascetas. Desde então, durante cinqüenta anos, pregou diversos sutras, explanando importantes princípios de forma extensa e variada. Cada sutra, apesar de conter uma profunda filosofia, é como se fosse apenas um fragmento. Para a compreensão total de sua filosofia, fez-se necessária uma sistematização organizada de todos os seus sutras. Um dos métodos de sistematização, considerado o mais perfeito, foi estabelecido por Tient’ai e é conhecido como os cinco períodos e oito ensinos. De acordo com esse método, no quinto período, correspondente aos oito últimos anos de sua vida, Sakyamuni pregou o mais elevado dos seus ensinamentos, o Sutra de Lótus de 28 capítulos, considerado como a própria razão do seu advento neste mundo.
Analisando a vida de Sakyamuni, podemos perceber alguns pontos importantes para a nossa prática budista nos dias de hoje, em especial como membros da SGI. Por exemplo, quando ainda jovem, ele abandonou o mundo secular e partiu em busca da resposta às questões fundamentais da vida. Apesar de seu empenho em procurar diversos mestres do bramanismo, acabou não conseguindo seu intento. Com isso, percebe-se o quanto é importante encontrar um verdadeiro mestre que nos direcione ao correto caminho da felicidade. Por outro lado, a dedicação fortemente motivada de Sakyamuni para transmitir às pessoas acerca de sua própria iluminação é também um ponto muito importante a ser constantemente observado em nossas ações visando à felicidade das pessoas. Quando nos dedicamos a ensinar o budismo a outras pessoas, ajudando-as a compreender a visão budista sobre as questões da vida, devemos manifestar o desejo de “extrair-lhes o sofrimento” para ensinar-lhes o correto caminho para a felicidade, sempre considerando seu grau de entendimento.
Agindo sempre como um nobre humanista, Sakyamuni promovia palestras com diversas pessoas, criando oportunidades para apresentarem suas dúvidas, expondo assim seus ensinos por meio de diálogos livres e abertos. Ele falava das profundezas de sua vida, exprimindo do âmago de seu ser o amor e a benevolência por todas as pessoas. O estímulo e o caloroso sentimento que transmitia por meio de seu diálogo repleto de humanismo constituíram a fonte do amplo desenvolvimento do budismo. Em contrapartida, devido à rápida divulgação de seus ensinos, Sakyamuni enfrentou diversos tipos de perseguições durante toda a sua vida.
Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda comenta: “Ninguém pode escapar dos sofrimentos da vida, nem mesmo um Buda. A fé é justamente a força que possibilita todas as pessoas a erguerem-se das profundezas dos sofrimentos para então dedicar a vida em prol do cumprimento da missão. Eis o caminho do Buda, o caminho do sábio e o caminho dos homens.” (Vol. 3, pág. 144.)
De toda forma, mesmo enfrentando inúmeras provações, Sakyamuni permaneceu inabalável em suas convicções. Até o momento de sua morte, com mais de oitenta anos de idade, propagou o budismo para o bem de toda a humanidade.
Preocupado em quem poderia ajudá-lo a propagar a percepção que ele havia atingido, procurou os ascetas com quem havia praticado austeridades antes de seguir seu próprio caminho para atingir a iluminação. Ao ouvirem sobre sua iluminação, eles duvidaram no início, mas logo tornaram-se seus discípulos.
Sakyamuni viveu parte de sua vida em um local chamado Parque dos Cervos, e começou a propagar seus ensinos de acordo com a compreensão das pessoas e com a ajuda dos ascetas. Desde então, durante cinqüenta anos, pregou diversos sutras, explanando importantes princípios de forma extensa e variada. Cada sutra, apesar de conter uma profunda filosofia, é como se fosse apenas um fragmento. Para a compreensão total de sua filosofia, fez-se necessária uma sistematização organizada de todos os seus sutras. Um dos métodos de sistematização, considerado o mais perfeito, foi estabelecido por Tient’ai e é conhecido como os cinco períodos e oito ensinos. De acordo com esse método, no quinto período, correspondente aos oito últimos anos de sua vida, Sakyamuni pregou o mais elevado dos seus ensinamentos, o Sutra de Lótus de 28 capítulos, considerado como a própria razão do seu advento neste mundo.
Analisando a vida de Sakyamuni, podemos perceber alguns pontos importantes para a nossa prática budista nos dias de hoje, em especial como membros da SGI. Por exemplo, quando ainda jovem, ele abandonou o mundo secular e partiu em busca da resposta às questões fundamentais da vida. Apesar de seu empenho em procurar diversos mestres do bramanismo, acabou não conseguindo seu intento. Com isso, percebe-se o quanto é importante encontrar um verdadeiro mestre que nos direcione ao correto caminho da felicidade. Por outro lado, a dedicação fortemente motivada de Sakyamuni para transmitir às pessoas acerca de sua própria iluminação é também um ponto muito importante a ser constantemente observado em nossas ações visando à felicidade das pessoas. Quando nos dedicamos a ensinar o budismo a outras pessoas, ajudando-as a compreender a visão budista sobre as questões da vida, devemos manifestar o desejo de “extrair-lhes o sofrimento” para ensinar-lhes o correto caminho para a felicidade, sempre considerando seu grau de entendimento.
Agindo sempre como um nobre humanista, Sakyamuni promovia palestras com diversas pessoas, criando oportunidades para apresentarem suas dúvidas, expondo assim seus ensinos por meio de diálogos livres e abertos. Ele falava das profundezas de sua vida, exprimindo do âmago de seu ser o amor e a benevolência por todas as pessoas. O estímulo e o caloroso sentimento que transmitia por meio de seu diálogo repleto de humanismo constituíram a fonte do amplo desenvolvimento do budismo. Em contrapartida, devido à rápida divulgação de seus ensinos, Sakyamuni enfrentou diversos tipos de perseguições durante toda a sua vida.
Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda comenta: “Ninguém pode escapar dos sofrimentos da vida, nem mesmo um Buda. A fé é justamente a força que possibilita todas as pessoas a erguerem-se das profundezas dos sofrimentos para então dedicar a vida em prol do cumprimento da missão. Eis o caminho do Buda, o caminho do sábio e o caminho dos homens.” (Vol. 3, pág. 144.)
De toda forma, mesmo enfrentando inúmeras provações, Sakyamuni permaneceu inabalável em suas convicções. Até o momento de sua morte, com mais de oitenta anos de idade, propagou o budismo para o bem de toda a humanidade.
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