História da Soka
Gakkai
Edição 562 - Publicado em 13/Junho/2015 - Página 54
A
Soka Gakkai surgiu com a missão de propagar mundialmente o Budismo de Nichiren
Daishonin. Portanto, esta é uma organização que herdou a ordem e o desejo do
buda Nichiren Daishonin de realizar a paz, visando ao bem-estar da humanidade.
O ensinamento de Daishonin tornou-se conhecido em mais de 192 países e
territórios por meio dos esforços da Soka Gakkai. A essência do Sutra do Lótus
e do Budismo Nichiren encontra-se na crença de que todas as pessoas, sem
exceção, possuem o estado de buda e podem manifestá-lo. É a filosofia que prega
o humanismo e o respeito absoluto à dignidade da vida. As diversas atividades
da Soka Gakkai têm o propósito de contribuir para o desenvolvimento da cultura
humana e da paz mundial com base no ideal humanístico exposto por Nichiren
Daishonin.
A época de Tsunesaburo Makiguchi
Tsunesaburo
Makiguchi nasceu em 6 de junho de 1871, na província de Niigata. Na
adolescência, mudou-se sozinho para Hokkaido, norte do Japão, para trabalhar e
manter seus estudos. Aos 18 anos, matriculou-se na Escola Normal de Hokkaido
(atual Faculdade de Pedagogia de Hokkaido). Após a formatura, atuou como
professor de ensino fundamental.
Como gostava de estudar geografia, Makiguchi escreveu sua primeira obra sob o título Jinsei Chirigaku (Geografia da Vida Humana). Ele se mudou para Tóquio, em 1901, com o objetivo de publicá-la, o que aconteceu dois anos depois. Em Tóquio, exerceu a função de diretor em diversas escolas de ensino fundamental.
Seu discípulo, Josei Toda, nasceu em 11 de fevereiro de 1900, na província de Ishikawa. Por volta de 1902, sua família migrou para a Vila Atsuta, em Hokkaido. Toda trilhou pelo caminho da educação e tornou-se professor de ensino fundamental.
Em 1920, ele deixou a Vila Atsuta e foi para Tóquio onde foi contratado como professor substituto na Escola de Ensino Fundamental Nishimachi. Nessa escola, Josei Toda conheceu Tsunesaburo Makiguchi, diretor da instituição e, pouco tempo depois, percebendo a grandiosidade de Makiguchi, tornou-se seu discípulo.
Em meio à atuação na área educacional, Makiguchi procurava uma religião para ser a base da sua vida. Em 1928, converteu-se ao Budismo de Nichiren Daishonin, sendo acompanhado por Josei Toda.
Como gostava de estudar geografia, Makiguchi escreveu sua primeira obra sob o título Jinsei Chirigaku (Geografia da Vida Humana). Ele se mudou para Tóquio, em 1901, com o objetivo de publicá-la, o que aconteceu dois anos depois. Em Tóquio, exerceu a função de diretor em diversas escolas de ensino fundamental.
Seu discípulo, Josei Toda, nasceu em 11 de fevereiro de 1900, na província de Ishikawa. Por volta de 1902, sua família migrou para a Vila Atsuta, em Hokkaido. Toda trilhou pelo caminho da educação e tornou-se professor de ensino fundamental.
Em 1920, ele deixou a Vila Atsuta e foi para Tóquio onde foi contratado como professor substituto na Escola de Ensino Fundamental Nishimachi. Nessa escola, Josei Toda conheceu Tsunesaburo Makiguchi, diretor da instituição e, pouco tempo depois, percebendo a grandiosidade de Makiguchi, tornou-se seu discípulo.
Em meio à atuação na área educacional, Makiguchi procurava uma religião para ser a base da sua vida. Em 1928, converteu-se ao Budismo de Nichiren Daishonin, sendo acompanhado por Josei Toda.
A fundação da Soka Kyoiku Gakkai
O
professor Makiguchi acumulou vasta experiência na área da educação. Como
resultado, escreveu Soka Kyoikugaku Taikei (Teoria do Sistema Pedagógico de Criação
de Valor), na qual consta o nome Soka Kyoiku Gakkai (Sociedade Educacional de
Criação de Valor). A obra foi editada por Josei Toda. Por esse motivo, a data
de sua publicação, 18 de novembro de 1930, é considerada o dia da fundação da
Soka Gakkai (sucessora da Soka Kyoiku Gakkai).
A Soka Kyoiku Gakkai foi estruturada de forma gradativa e começou a atuar efetivamente em 1937 com educadores que simpatizavam com o sistema pedagógico Soka (criação de valor). Mais tarde, passou a ser composta por pessoas de outras áreas e se tornou uma organização de leigos praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin.
Nessa época, a Nichiren Shoshu, com sede no Taiseki-ji (templo principal), era uma pequena entidade religiosa formada por clérigos cujos adeptos compunham uma espécie de paróquia em torno de templos locais e recebiam orientação de seus priores. No entanto, desde a fundação, a Soka Kyoiku Gakkai estabeleceu-se como instituição independente da Nichiren Shoshu. Em torno do presidente Makiguchi e do diretor geral Josei Toda, a organização permaneceu como entidade leiga autônoma e seus integrantes receberam orientações sobre a prática do budismo por intermédio de sua liderança, sem se subordinar ao clero da Nichiren Shoshu.
A prática religiosa desenvolvida na Soka Kyoiku Gakkai objetivava a conquista da felicidade absoluta na vida diária, incentivando os membros a se fortalecer na fé e na prática e atuar pela paz e prosperidade social, sem se prender a rituais religiosos nos templos ou nas ocasiões de casamentos e funerais. Portanto, promoveu a mais correta forma de prática religiosa baseada no espírito original do Budismo de Nichiren Daishonin.
Por meio de reuniões de palestra e de campanhas de shakubuku por todo o Japão, a organização foi se desenvolvendo e chegou a alcançar cerca de 3 mil membros.
A Soka Kyoiku Gakkai foi estruturada de forma gradativa e começou a atuar efetivamente em 1937 com educadores que simpatizavam com o sistema pedagógico Soka (criação de valor). Mais tarde, passou a ser composta por pessoas de outras áreas e se tornou uma organização de leigos praticantes do Budismo de Nichiren Daishonin.
Nessa época, a Nichiren Shoshu, com sede no Taiseki-ji (templo principal), era uma pequena entidade religiosa formada por clérigos cujos adeptos compunham uma espécie de paróquia em torno de templos locais e recebiam orientação de seus priores. No entanto, desde a fundação, a Soka Kyoiku Gakkai estabeleceu-se como instituição independente da Nichiren Shoshu. Em torno do presidente Makiguchi e do diretor geral Josei Toda, a organização permaneceu como entidade leiga autônoma e seus integrantes receberam orientações sobre a prática do budismo por intermédio de sua liderança, sem se subordinar ao clero da Nichiren Shoshu.
A prática religiosa desenvolvida na Soka Kyoiku Gakkai objetivava a conquista da felicidade absoluta na vida diária, incentivando os membros a se fortalecer na fé e na prática e atuar pela paz e prosperidade social, sem se prender a rituais religiosos nos templos ou nas ocasiões de casamentos e funerais. Portanto, promoveu a mais correta forma de prática religiosa baseada no espírito original do Budismo de Nichiren Daishonin.
Por meio de reuniões de palestra e de campanhas de shakubuku por todo o Japão, a organização foi se desenvolvendo e chegou a alcançar cerca de 3 mil membros.
A imposição do regime militar japonês
O
governo militar japonês, que se inclinava para a expansão da guerra, adotou o
xintoísmo como religião oficial e como suporte espiritual da nação. Quando
começou a Segunda Guerra Mundial, o governo impôs a unificação das religiões e
a adoração do talismã xintoísta.
Em junho de 1943, o clero da Nichiren Shoshu, temendo a repressão do governo militar, instruiu a Soka Kyoiku Gakkai a aceitar o talismã xintoísta. Essa atitude era uma heresia que contrariava os ensinamentos de Nichiren Daishonin. A organização rejeitou a ideia de aceitar o talismã xintoísta, mantendo-se fiel aos ensinamentos budistas. Como consequência, em 6 de julho do mesmo ano, Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e mais 21 líderes da Soka Kyoiku Gakkai foram presos. Diante do rigor dos interrogatórios, somente Makiguchi e o professor Toda mantiveram-se firmes às suas convicções, enquanto os demais abandonaram a fé.
Em junho de 1943, o clero da Nichiren Shoshu, temendo a repressão do governo militar, instruiu a Soka Kyoiku Gakkai a aceitar o talismã xintoísta. Essa atitude era uma heresia que contrariava os ensinamentos de Nichiren Daishonin. A organização rejeitou a ideia de aceitar o talismã xintoísta, mantendo-se fiel aos ensinamentos budistas. Como consequência, em 6 de julho do mesmo ano, Tsunesaburo Makiguchi, Josei Toda e mais 21 líderes da Soka Kyoiku Gakkai foram presos. Diante do rigor dos interrogatórios, somente Makiguchi e o professor Toda mantiveram-se firmes às suas convicções, enquanto os demais abandonaram a fé.
A percepção alcançada na prisão
Na
prisão, Josei Toda empenhou-se na recitação do daimoku e na leitura do Sutra do
Lótus, chegando à percepção de que “Buda é a própria vida”. Ele entendeu também
que era um bodisatva da terra que participara da Cerimônia no Ar, descrita no
Sutra do Lótus. Essa percepção ocorreu em novembro de 1944.
Na mesma época, o presidente Makiguchi apresentou um quadro de desnutrição grave em virtude da idade avançada. Assim, em 18 de novembro, data de fundação da Soka Gakkai, Makiguchi faleceu como um mártir aos 73 anos na prisão, em Tóquio. Foi uma nobre existência de ações concretas de “não poupar a própria vida”, conforme consta no Gosho. Pioneiro de seus dias, ele reviveu o espírito do buda Nichiren Daishonin de propagar a Lei Mística e salvar o povo do sofrimento, realizando o shakubuku.
Com a percepção alcançada na prisão, Josei Toda criou inabalável convicção no Budismo de Nichiren Daishonin e a plena consciência da missão como líder do kosen-rufu. O despertar de Josei Toda tornou-se o ponto primordial do progresso da organização do pós-guerra.
Durante uma cerimônia em memória de Makiguchi, o professor Toda disse: “Com sua vasta e ilimitada benevolência, o senhor permitiu-me acompanhá-lo até mesmo na prisão. Graças a isso, li com minha própria vida a passagem do Sutra do Lótus: ‘As pessoas que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em várias terras do buda, e constantemente renasceram em companhia de seus mestres’. Como resultado desse benefício, entendi o verdadeiro significado do ensinamento dos bodisatvas da terra e, ainda que fosse uma pequena parte, compreendi o significado do Sutra do Lótus com minha vida. Poderia existir felicidade maior que esta?”.
A frase “As pessoas que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em várias terras do buda, e constantemente renasceram em companhia de seus mestres” é uma passagem do capítulo 7 do Sutra do Lótus, “Parábola da Cidade Imaginária”. Ela descreve o eterno laço de mestre e discípulo, que nascem sempre juntos em quaisquer das terras do Buda para se empenhar pela felicidade das pessoas.
Enquanto os outros se afastavam da fé, o professor Toda expressava o sincero sentimento de agradecer a seu mestre Makiguchi, demonstrando o profundo laço de mestre e discípulo existente entre ambos.
Na mesma época, o presidente Makiguchi apresentou um quadro de desnutrição grave em virtude da idade avançada. Assim, em 18 de novembro, data de fundação da Soka Gakkai, Makiguchi faleceu como um mártir aos 73 anos na prisão, em Tóquio. Foi uma nobre existência de ações concretas de “não poupar a própria vida”, conforme consta no Gosho. Pioneiro de seus dias, ele reviveu o espírito do buda Nichiren Daishonin de propagar a Lei Mística e salvar o povo do sofrimento, realizando o shakubuku.
Com a percepção alcançada na prisão, Josei Toda criou inabalável convicção no Budismo de Nichiren Daishonin e a plena consciência da missão como líder do kosen-rufu. O despertar de Josei Toda tornou-se o ponto primordial do progresso da organização do pós-guerra.
Durante uma cerimônia em memória de Makiguchi, o professor Toda disse: “Com sua vasta e ilimitada benevolência, o senhor permitiu-me acompanhá-lo até mesmo na prisão. Graças a isso, li com minha própria vida a passagem do Sutra do Lótus: ‘As pessoas que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em várias terras do buda, e constantemente renasceram em companhia de seus mestres’. Como resultado desse benefício, entendi o verdadeiro significado do ensinamento dos bodisatvas da terra e, ainda que fosse uma pequena parte, compreendi o significado do Sutra do Lótus com minha vida. Poderia existir felicidade maior que esta?”.
A frase “As pessoas que ouviram a Lei habitaram aqui e ali, em várias terras do buda, e constantemente renasceram em companhia de seus mestres” é uma passagem do capítulo 7 do Sutra do Lótus, “Parábola da Cidade Imaginária”. Ela descreve o eterno laço de mestre e discípulo, que nascem sempre juntos em quaisquer das terras do Buda para se empenhar pela felicidade das pessoas.
Enquanto os outros se afastavam da fé, o professor Toda expressava o sincero sentimento de agradecer a seu mestre Makiguchi, demonstrando o profundo laço de mestre e discípulo existente entre ambos.
A época de Josei Toda
Libertado
da prisão em 3 de julho de 1945, Josei Toda iniciou imediatamente a
reconstrução da organização. Em março de 1946, alterou o nome Soka Kyoiku
Gakkai para Soka Gakkai (Sociedade de Criação de Valor) com o propósito de
atuar em prol da paz mundial e da felicidade da humanidade, transcendendo o
objetivo inicial de promover a reforma educacional.
Ao reencontrar alguns membros, o professor Toda retomou também a realização de reuniões de palestra e de campanhas de shakubuku em várias localidades do interior do Japão.
Ao reencontrar alguns membros, o professor Toda retomou também a realização de reuniões de palestra e de campanhas de shakubuku em várias localidades do interior do Japão.
O encontro com o verdadeiro discípulo
Em
meio à reconstrução da Soka Gakkai, Josei Toda conhece um jovem que se tornaria
seu fiel discípulo e mudaria a história do kosen-rufu mundial.
Era o jovem Daisaku Ikeda, que nasceu no bairro de Ota, em Tóquio, no dia 2 de janeiro de 1928. Quando estava com 13 anos, teve início a Segunda Guerra Mundial e seus quatro irmãos mais velhos foram convocados para as frentes de batalha. Ele foi trabalhar numa indústria de armamentos para ajudar no sustento da família. Porém, vivia imerso no questionamento sobre a vida e a morte por sofrer de tuberculose. O jovem Ikeda vivenciou os horrores da guerra sob constantes ataques aéreos e sofreu com a tristeza de sua mãe diante da morte do filho mais velho no campo de batalha. Passada a guerra, estudou inúmeras obras literárias e filosóficas em busca de uma visão correta da vida.
Nessas circunstâncias, o jovem Ikeda participou de uma reunião de palestra da Soka Gakkai no dia 14 de agosto de 1947, encontrando-se pela primeira vez com Josei Toda.
Naquele dia, o professor Toda explanou Estabelecer o Ensinamento Correto para a Pacificação da Terra. Ao término da explanação, o jovem fez uma série de perguntas: qual é o modo correto de vida? O que é ser um verdadeiro patriota? Qual é o significado do Nam-myoho-renge-kyo? Diante das respostas claras e coerentes de Josei Toda, o jovem sentiu que poderia confiar nele. Dez dias depois, em 24 de agosto, ele se converteu ao Budismo de Nichiren Daishonin.
A partir dessa data, o jovem, que na época frequentava o curso noturno do Instituto Educacional Taisei (predecessor da Faculdade Fuji de Tóquio), estudou o budismo, participando das explanações de seu mestre sobre o Sutra do Lótus. Em janeiro de 1949, foi trabalhar na editora do professor Toda.
Em razão da situação econômica caótica do pós-guerra, as empresas de Josei Toda faliram e ele renunciou ao cargo de diretor-geral da Soka Gakkai. Dentre os funcionários, somente o jovem Ikeda permaneceu ao lado dele. O discípulo deixou, inclusive, os estudos, para apoiar integralmente o mestre. Por isso, o professor Toda passou a ministrar-lhe aulas particulares sobre as mais variadas matérias com qualidade superior à de qualquer curso universitário. Ele denominou essa educação de Universidade Toda.
Era o jovem Daisaku Ikeda, que nasceu no bairro de Ota, em Tóquio, no dia 2 de janeiro de 1928. Quando estava com 13 anos, teve início a Segunda Guerra Mundial e seus quatro irmãos mais velhos foram convocados para as frentes de batalha. Ele foi trabalhar numa indústria de armamentos para ajudar no sustento da família. Porém, vivia imerso no questionamento sobre a vida e a morte por sofrer de tuberculose. O jovem Ikeda vivenciou os horrores da guerra sob constantes ataques aéreos e sofreu com a tristeza de sua mãe diante da morte do filho mais velho no campo de batalha. Passada a guerra, estudou inúmeras obras literárias e filosóficas em busca de uma visão correta da vida.
Nessas circunstâncias, o jovem Ikeda participou de uma reunião de palestra da Soka Gakkai no dia 14 de agosto de 1947, encontrando-se pela primeira vez com Josei Toda.
Naquele dia, o professor Toda explanou Estabelecer o Ensinamento Correto para a Pacificação da Terra. Ao término da explanação, o jovem fez uma série de perguntas: qual é o modo correto de vida? O que é ser um verdadeiro patriota? Qual é o significado do Nam-myoho-renge-kyo? Diante das respostas claras e coerentes de Josei Toda, o jovem sentiu que poderia confiar nele. Dez dias depois, em 24 de agosto, ele se converteu ao Budismo de Nichiren Daishonin.
A partir dessa data, o jovem, que na época frequentava o curso noturno do Instituto Educacional Taisei (predecessor da Faculdade Fuji de Tóquio), estudou o budismo, participando das explanações de seu mestre sobre o Sutra do Lótus. Em janeiro de 1949, foi trabalhar na editora do professor Toda.
Em razão da situação econômica caótica do pós-guerra, as empresas de Josei Toda faliram e ele renunciou ao cargo de diretor-geral da Soka Gakkai. Dentre os funcionários, somente o jovem Ikeda permaneceu ao lado dele. O discípulo deixou, inclusive, os estudos, para apoiar integralmente o mestre. Por isso, o professor Toda passou a ministrar-lhe aulas particulares sobre as mais variadas matérias com qualidade superior à de qualquer curso universitário. Ele denominou essa educação de Universidade Toda.
A posse do segundo presidente
Em
3 de maio de 1951, Josei Toda tomou posse como segundo presidente da Soka
Gakkai e objetivou concretizar 750 mil conversões no Japão. Era um número quase
impossível de ser alcançado, considerando que havia apenas 3 mil membros. O
presidente Toda planejou diversas estratégias visando à ampliação do movimento
em prol do kosen-rufu.
Uma dessas estratégias foi o início da publicação do jornal Seikyo Shimbun em 20 de abril de 1951. Nessa ocasião, ele começou a escrever a série do romance Revolução Humana.
O significado de “revolução humana” consiste na transformação da condição de vida de cada pessoa com base na prática da fé. O presidente Toda reavivou o Budismo de Nichiren Daishonin na época atual por meio da filosofia de vida inserida na “revolução humana”. Além disso, logo após sua posse, fundou as Divisões Feminina, Masculina de Jovens e Feminina de Jovens.
Sempre ao lado de seu mestre, em janeiro de 1952, o jovem Ikeda assumiu como secretário do Distrito Kamata. Sua missão era provocar uma grande onda de expansão que impulsionasse o ritmo da propagação em toda a Soka Gakkai. E assim aconteceu. Em fevereiro, o Distrito Kamata alcançou o inédito resultado de 201 shakubuku, rompendo todos os limites da campanha de propagação da época.
Paralelamente à expansão do Budismo, o presidente Toda publicou a obra Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin (Nichiren Daishonin Gosho Zenshu), em 28 de abril de 1952, em comemoração dos 700 anos de fundação do Budismo de Nichiren Daishonin.
Uma dessas estratégias foi o início da publicação do jornal Seikyo Shimbun em 20 de abril de 1951. Nessa ocasião, ele começou a escrever a série do romance Revolução Humana.
O significado de “revolução humana” consiste na transformação da condição de vida de cada pessoa com base na prática da fé. O presidente Toda reavivou o Budismo de Nichiren Daishonin na época atual por meio da filosofia de vida inserida na “revolução humana”. Além disso, logo após sua posse, fundou as Divisões Feminina, Masculina de Jovens e Feminina de Jovens.
Sempre ao lado de seu mestre, em janeiro de 1952, o jovem Ikeda assumiu como secretário do Distrito Kamata. Sua missão era provocar uma grande onda de expansão que impulsionasse o ritmo da propagação em toda a Soka Gakkai. E assim aconteceu. Em fevereiro, o Distrito Kamata alcançou o inédito resultado de 201 shakubuku, rompendo todos os limites da campanha de propagação da época.
Paralelamente à expansão do Budismo, o presidente Toda publicou a obra Coletânea dos Escritos de Nichiren Daishonin (Nichiren Daishonin Gosho Zenshu), em 28 de abril de 1952, em comemoração dos 700 anos de fundação do Budismo de Nichiren Daishonin.
A manifestação da natureza maligna do poder
Em
1956, o jovem Ikeda desenvolveu ampla campanha de propagação na região de Kansai,
atingindo no mês de maio o inédito resultado de 11.111 conversões no Distrito
Osaka. Em julho daquele ano, como responsável pela campanha eleitoral em Osaka,
alcançou uma vitória até então impossível.
A partir dessa conquista, a Soka Gakkai tornou-se o foco das atenções como uma organização influente na sociedade e, por isso, começou a sofrer pressões injustas por parte do governo. O jovem Daisaku Ikeda enfrentou de forma corajosa tais pressões com o propósito de proteger os membros da Soka Gakkai.
Em 3 de julho de 1957, o jovem Ikeda foi preso sob falsa acusação de fraude eleitoral. Durante duas semanas de interrogatório, ele foi submetido à ameaça de que, caso não assumisse a culpa, o presidente Toda seria preso. A fim de proteger seu mestre, que se encontrava com a saúde debilitada, o líder viu-se obrigado a assumir a responsabilidade e foi libertado no dia 17 de julho. O processo judicial do caso, conhecido como Incidente de Osaka, arrastou-se até 25 de janeiro de 1962, quando a justiça japonesa o declarou inocente.
A partir dessa conquista, a Soka Gakkai tornou-se o foco das atenções como uma organização influente na sociedade e, por isso, começou a sofrer pressões injustas por parte do governo. O jovem Daisaku Ikeda enfrentou de forma corajosa tais pressões com o propósito de proteger os membros da Soka Gakkai.
Em 3 de julho de 1957, o jovem Ikeda foi preso sob falsa acusação de fraude eleitoral. Durante duas semanas de interrogatório, ele foi submetido à ameaça de que, caso não assumisse a culpa, o presidente Toda seria preso. A fim de proteger seu mestre, que se encontrava com a saúde debilitada, o líder viu-se obrigado a assumir a responsabilidade e foi libertado no dia 17 de julho. O processo judicial do caso, conhecido como Incidente de Osaka, arrastou-se até 25 de janeiro de 1962, quando a justiça japonesa o declarou inocente.
Confiando a herança do kosen-rufu
Em
8 de setembro de 1957, Josei Toda proferiu a “Declaração pela Abolição das
Armas Nucleares”, que se tornou a diretriz do movimento da Soka Gakkai em prol
da paz. Na Declaração, ele condena o uso de armas nucleares considerando-as um
“grande mal” que tira da humanidade o direito à vida.
Toda concluiu, em dezembro daquele ano, a maior realização de sua existência, concretizando mais de 750 mil shakubuku.
No dia 16 de março de 1958, foi realizada a cerimônia de transmissão do bastão do kosen-rufu a 6 mil membros da Divisão dos Jovens. Esse dia ficou conhecido como Dia do Kosen-rufu. Duas semanas depois, em 2 de abril, Josei Toda encerrou sua nobre existência aos 58 anos, tendo concluído todos os seus objetivos.
Toda concluiu, em dezembro daquele ano, a maior realização de sua existência, concretizando mais de 750 mil shakubuku.
No dia 16 de março de 1958, foi realizada a cerimônia de transmissão do bastão do kosen-rufu a 6 mil membros da Divisão dos Jovens. Esse dia ficou conhecido como Dia do Kosen-rufu. Duas semanas depois, em 2 de abril, Josei Toda encerrou sua nobre existência aos 58 anos, tendo concluído todos os seus objetivos.
A época do presidente Ikeda
Com
o falecimento de Josei Toda, o discípulo Daisaku Ikeda, aos 32 anos, tornou-se
o líder da Soka Gakkai, assumindo como o terceiro presidente em 3 de maio de
1960.
Cinco meses depois, em 2 de outubro, ele marcou o primeiro passo para a propagação mundial do Budismo de Nichiren Daishonin, partindo em viagem para as Américas do Norte e do Sul. Em janeiro do ano seguinte, viajou para a Ásia e a Índia; e, em outubro, visitou a Europa. Iniciou assim a realização do kosen-rufu mundial e o retorno do budismo para o Oeste, conforme predito por Nichiren Daishonin.
Para realizar os objetivos traçados por Josei Toda, o presidente Ikeda expandiu o movimento em prol da paz, da cultura e da educação e fundou o Instituto de Filosofia Oriental, a Associação de Concertos Min-On, o Museu de Artes Fuji de Tóquio e o Sistema de Ensino Soka, desde a educação infantil até o ensino superior.
Em 8 de setembro de 1968, o presidente Ikeda apresentou uma proposta para reatar as relações diplomáticas sino-japonesas e, em 1972, dialogou com o renomado historiador Arnold Toynbee.
Numa época em que havia espessas barreiras criadas pela Guerra Fria, ele abriu caminhos de paz e amizade visitando e dialogando com os líderes da China, da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
Com a fundação da Soka Gakkai Internacional, em 26 de janeiro de 1975, na Ilha de Guam, ele foi indicado para ser o presidente. Em abril de 1979, ele se tornou presidente honorário da Soka Gakkai.
Cinco meses depois, em 2 de outubro, ele marcou o primeiro passo para a propagação mundial do Budismo de Nichiren Daishonin, partindo em viagem para as Américas do Norte e do Sul. Em janeiro do ano seguinte, viajou para a Ásia e a Índia; e, em outubro, visitou a Europa. Iniciou assim a realização do kosen-rufu mundial e o retorno do budismo para o Oeste, conforme predito por Nichiren Daishonin.
Para realizar os objetivos traçados por Josei Toda, o presidente Ikeda expandiu o movimento em prol da paz, da cultura e da educação e fundou o Instituto de Filosofia Oriental, a Associação de Concertos Min-On, o Museu de Artes Fuji de Tóquio e o Sistema de Ensino Soka, desde a educação infantil até o ensino superior.
Em 8 de setembro de 1968, o presidente Ikeda apresentou uma proposta para reatar as relações diplomáticas sino-japonesas e, em 1972, dialogou com o renomado historiador Arnold Toynbee.
Numa época em que havia espessas barreiras criadas pela Guerra Fria, ele abriu caminhos de paz e amizade visitando e dialogando com os líderes da China, da antiga União Soviética e dos Estados Unidos.
Com a fundação da Soka Gakkai Internacional, em 26 de janeiro de 1975, na Ilha de Guam, ele foi indicado para ser o presidente. Em abril de 1979, ele se tornou presidente honorário da Soka Gakkai.
Homenagens e reconhecimentos
Desde
1983, anualmente, a cada 26 de janeiro, Dia da SGI, o Dr. Daisaku Ikeda
encaminha à Organização das Nações Unidas (ONU) sua Proposta de Paz. Portanto,
em 2015, o líder enviou sua 33ª Proposta de Paz à ONU. Os encontros com
personalidades somam mais de 7 mil. As obras literárias na forma de diálogo com
intelectuais do mundo alcançam cinquenta títulos. Em particular, o diálogo com
o Dr. Arnold Toynbee já foi publicado em 27 idiomas, e recebeu a aprovação de
um grande número de personalidades e de líderes mundiais. Além disso, o
presidente Ikeda realizou até hoje mais de trinta palestras e conferências em
renomadas universidades e entidades científicas.
Em 1995, foi aprovada a Carta da SGI, que estabelece os princípios filosóficos e humanísticos da organização. Em 1996, foi fundado o Instituto Toda para a Paz Global e Pesquisa Política cujo fundamento são os ideais do presidente Toda. E, em 2001, foi inaugurado o campus de Aliso Viejo da Universidade Soka da América, na Califórnia. No presente momento, o movimento em prol da paz, da cultura e da educação com base no Budismo Nichiren expandiu-se em escala mundial.
Hoje, o nome dos três primeiros presidentes é reconhecido em todo o mundo, na forma de denominação de logradouros públicos, bem como de homenagens e condecorações diversas. Atualmente, o presidente Ikeda recebeu mais de 25 condecorações estatais, cerca de trezentos títulos acadêmicos, mais de setecentos títulos de cidadania honorária e um grande número de diversas outras homenagens em reconhecimento à sua atuação em prol da paz, da cultura e da educação.
Em paralelo a esse desenvolvimento, em 1991, houve um incidente com o clero da Nichiren Shoshu que excomungou mais de 10 milhões de adeptos pertencentes à Soka Gakkai. Esse ato arbitrário foi considerado heresia por opor-se ao espírito do buda Nichiren Daishonin. Apesar de diversas tentativas de destruir a organização, a Soka Gakkai superou essa problemática e promoveu ampla campanha de propagação no mundo inteiro.
Na atualidade, os membros da SGI atuam em 192 países e territórios e têm comprovado a verdade do Budismo de Nichiren Daishonin em sua vida, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a formação de jovens como herdeiros do kosen-rufu e como discípulos do presidente Ikeda.
Por outro lado, com base no humanismo budista, os integrantes da SGI contribuem para a prosperidade social em seus respectivos países, promovendo diversos eventos nas áreas de cultura, educação, meio ambiente, os quais têm recebido o reconhecimento público. Dessa forma, por meio da atuação dos membros da SGI, o Budismo Nichiren tem se tornado uma luz de esperança para a humanidade.
Em 1995, foi aprovada a Carta da SGI, que estabelece os princípios filosóficos e humanísticos da organização. Em 1996, foi fundado o Instituto Toda para a Paz Global e Pesquisa Política cujo fundamento são os ideais do presidente Toda. E, em 2001, foi inaugurado o campus de Aliso Viejo da Universidade Soka da América, na Califórnia. No presente momento, o movimento em prol da paz, da cultura e da educação com base no Budismo Nichiren expandiu-se em escala mundial.
Hoje, o nome dos três primeiros presidentes é reconhecido em todo o mundo, na forma de denominação de logradouros públicos, bem como de homenagens e condecorações diversas. Atualmente, o presidente Ikeda recebeu mais de 25 condecorações estatais, cerca de trezentos títulos acadêmicos, mais de setecentos títulos de cidadania honorária e um grande número de diversas outras homenagens em reconhecimento à sua atuação em prol da paz, da cultura e da educação.
Em paralelo a esse desenvolvimento, em 1991, houve um incidente com o clero da Nichiren Shoshu que excomungou mais de 10 milhões de adeptos pertencentes à Soka Gakkai. Esse ato arbitrário foi considerado heresia por opor-se ao espírito do buda Nichiren Daishonin. Apesar de diversas tentativas de destruir a organização, a Soka Gakkai superou essa problemática e promoveu ampla campanha de propagação no mundo inteiro.
Na atualidade, os membros da SGI atuam em 192 países e territórios e têm comprovado a verdade do Budismo de Nichiren Daishonin em sua vida, desenvolvendo, ao mesmo tempo, a formação de jovens como herdeiros do kosen-rufu e como discípulos do presidente Ikeda.
Por outro lado, com base no humanismo budista, os integrantes da SGI contribuem para a prosperidade social em seus respectivos países, promovendo diversos eventos nas áreas de cultura, educação, meio ambiente, os quais têm recebido o reconhecimento público. Dessa forma, por meio da atuação dos membros da SGI, o Budismo Nichiren tem se tornado uma luz de esperança para a humanidade.